Por que Mateus era chamado de Levi? Descubra a verdade bíblica
25 min de leitura
Por que, afinal, Mateus era chamado de Levi? Esta é a pergunta central que guia nosso estudo. Ao seguir as pistas dos Evangelhos Sinóticos — Mateus (9:9–13), Marcos (2:13–17) e Lucas (5:27–32) — e a tradição cristã, vamos entender como o homem conhecido como Levi, um cobrador de impostos, tornou-se Mateus, apóstolo e evangelista, autor tradicional do primeiro Evangelho. Mais do que uma curiosidade nominal, descobrir porque Mateus era chamado de Levi ilumina o modo como Cristo transforma histórias, vocações e identidades.
Na Bíblia, Mateus/Levi aparece inicialmente como publicano — um funcionário vinculado à arrecadação fiscal do Império Romano, frequentemente visto com desconfiança pelos judeus por causa de abusos e associações com o poder opressor. Jesus, porém, interrompe sua rotina e o chama: “Segue-me”. Nesse encontro, o “cobrador de impostos” torna-se discípulo e, em seguida, reconhecido como Mateus apóstolo. Os relatos de Marcos e Lucas falam do “chamado de Levi”, enquanto o próprio Evangelho de Mateus registra “Mateus”. Essa diferença nos conduz ao tema do duplo nome, comum no ambiente judaico-greco-romano do primeiro século.
Neste artigo, você encontrará um caminho bíblico e histórico para responder às dúvidas mais buscadas sobre o tema, sempre com aplicação devocional para a vida:
- Quem foi Mateus na Bíblia: publicano, apóstolo e evangelista, e seu lugar na missão dos Doze.
- Quem era cobrador de impostos na Bíblia: o contexto social e espiritual por trás da profissão de Levi.
- O chamado de Levi nos Evangelhos: por que Marcos e Lucas dizem “Levi” e Mateus diz “Mateus”? Harmonia dos relatos e credibilidade histórica.
- Por que Mateus era chamado de Levi? Entendendo o duplo nome, uso de nomes hebraicos e gregos e o papel da tradição cristã.
- Significados de Levi e Mateus: etimologia, sentido bíblico e implicações espirituais.
- Dúvidas comuns: “Quem mudou o nome de Levi para Mateus?”, “Jesus mudou o nome?”, “Por que Mateus era odiado?”, “Existem dados sobre sua família?”.
- Como Mateus morreu na Bíblia e o que diz a tradição sobre seu martírio e legado.
- Oração de São Mateus: inspirações para seguir Jesus com inteireza hoje 🙏.
Estudar a história de Mateus/Levi aprofunda nossa leitura do Evangelho e fortalece a fé cristã: revela como a graça encontra pessoas em lugares improváveis, como o arrependimento abre portas a uma nova identidade, e como o discipulado nos transforma em instrumentos do Reino. Ao compreender por que os textos falam em “Levi” e “Mateus”, você ganhará confiança na confiabilidade dos Evangelhos e enxergará, com mais clareza, a pedagogia de Jesus que chama, cura e envia.
Que este estudo inspire sua leitura da Palavra e fortalecimento de sua caminhada com Cristo ✝️. Avancemos, então, para entender em detalhes porque Mateus era chamado de Levi e o que esse “duplo nome” revela sobre o coração do Evangelho.
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🙌 Entrar no canal agoraQuem foi Mateus na Bíblia: apóstolo e evangelista
Quem foi Mateus na Bíblia? Mateus é um dos Doze apóstolos de Jesus e tradicionalmente reconhecido como evangelista, autor do primeiro Evangelho canônico. Antes do chamado, era cobrador de impostos em Cafarnaum — profissão impopular, associada à colaboração com Roma e à suspeita de injustiças. Os Evangelhos sinóticos narram sua conversão: Jesus o viu sentado na coletoria e disse: “Segue-me”, e ele se levantou e O seguiu (Mt 9:9; Mc 2:14; Lc 5:27-28). Marcos e Lucas o chamam de Levi, indicando que Mateus apóstolo também era conhecido por esse outro nome na comunidade judaica.
Perfil bíblico: de publicano a discípulo
Após aceitar o chamado, Mateus promoveu um banquete em sua casa, reunindo outros publicanos e pecadores para se encontrarem com Jesus (Mt 9:10; Lc 5:29). A cena revela traços do seu discipulado:
- Prontidão: deixa a coletoria imediatamente, sem negociações (Mt 9:9).
- Hospitalidade missionária: abre a casa para que outros também encontrem Cristo.
- Ênfase na misericórdia: seu chamado está ligado à palavra de Jesus: “Misericórdia quero, e não sacrifícios” (Mt 9:13; Os 6:6).
- Humildade: em sua própria lista dos Doze, Mateus se descreve como “o publicano” (Mt 10:3), lembrando de onde foi tirado.
Relevância no Novo Testamento
Como apóstolo, Mateus testemunhou o ministério, morte e ressurreição de Jesus, recebendo o comissionamento para fazer discípulos de todas as nações (Mt 28:18-20). Seu Evangelho ocupa lugar central na vida da Igreja por:
- Apresentar Jesus como o Messias prometido, cumprindo as Escrituras (Mt 1–2; 5:17).
- Reunir os grandes discursos de Jesus (Sermão do Monte, parábolas do Reino, discurso missionário, etc.).
- Enfatizar a vida comunitária e a prática do perdão (Mt 18).
Tradição sobre a autoria do Evangelho de Mateus
A tradição cristã antiga (Papias, Irineu, Orígenes) atribui a Mateus a composição do Evangelho que leva seu nome, mencionando que teria registrado os “ditos” de Jesus em “hebraico” (provavelmente aramaico), com posterior circulação em grego. A forma exata desse processo é debatida por estudiosos, mas a Igreja reconhece o texto canônico como testemunho autêntico da fé apostólica.
O testemunho que permanece
A jornada do Mateus apóstolo nos lembra que ninguém está fora do alcance da graça. De um ofício marcado por desconfiança, ele se torna anunciador do Reino. Seu caminho inspira:
- Conversão diária: levantar-se da “mesa” que nos prende e seguir a voz de Jesus ✝️
- Misericórdia ativa: alcançar os que a sociedade evita, como fez no banquete.
- Missão: transformar casa, trabalho e talentos em espaços de encontro com Cristo.
Se você busca resposta para “quem foi Mateus na Bíblia”, contemple a simplicidade do convite de Jesus e a coragem de responder. Que a memória do evangelista nos mova a ouvir hoje o mesmo chamado: “Segue-me”. 🙏
Cobradores de impostos na Bíblia: contexto do chamado
Para entender o chamado de Mateus/Levi, é essencial conhecer quem era cobrador de impostos na Bíblia e como funcionava o sistema romano de tributos. Nos Evangelhos, Mateus é apresentado como um publicano (Mt 9:9; Mc 2:14; Lc 5:27), alguém que cobrava taxas em um telônio — ponto de pedágio e alfândega, provavelmente em Cafarnaum, na movimentada rota comercial da Via Maris.
Como funcionava o sistema romano e quem eram os publicanos
O sistema romano de impostos combinava tributos diretos e taxas alfandegárias. Roma frequentemente terceirizava a coleta para contratantes (conhecidos como publicani), que pagavam antecipadamente pelo direito de arrecadar e, depois, recuperavam o investimento cobrando do povo. Em regiões como a Galileia, os coletores locais eram, em sua maioria, judeus a serviço de Roma, o que criava tensão social e religiosa.
- Impostos diretos: sobre pessoas e propriedades (cf. Lc 2:1-5).
- Taxas indiretas: pedágios, alfândega, portagens e tarifas sobre mercadorias (onde atuava Mateus/Levi).
- Exemplos bíblicos: Mateus/Levi (Mt 9:9), Zaqueu, “chefe dos publicanos” (Lc 19:2), e publicanos que buscaram orientação com João Batista (Lc 3:12-13).
Por que os publicanos eram odiados
A pergunta “por que Mateus era odiado?” se explica pelo estigma que cercava os coletores:
- Colaboração com Roma: vistos como traidores do próprio povo (cf. Mt 18:17, onde “publicanos” são citados entre os rejeitados).
- Práticas abusivas: a estrutura favorecia a extorsão e cobranças maiores que o devido; João exigiu: “não cobreis mais do que o estipulado” (Lc 3:13).
- Impureza social e religiosa: contato constante com gentios e dinheiro “contaminado”; eram colocados na mesma categoria que “pecadores” (Mt 9:10-11; Lc 18:11).
- Enriquecimento às custas dos pobres: contraste com o ideal profético de justiça e misericórdia (Mq 6:8).
A posição social de Mateus e as barreiras que enfrentava
Como publicano, Mateus ocupava um lugar de margem social: pouca credibilidade pública, suspeita moral e barreiras religiosas para convívio piedoso. Sua mesa atraía outros excluídos (Mt 9:10), o que reforçava sua reputação negativa.
O impacto do chamado de Jesus
Quando Jesus diz “Segue-me” (Mt 9:9; Lc 5:27-28), Mateus deixa tudo. O convite culmina num banquete com “publicanos e pecadores”, gerando críticas dos fariseus. A resposta de Jesus define o Evangelho: “Misericórdia quero, e não sacrifício” (Mt 9:13). O chamado de um cobrador de impostos mostra:
- Graça que alcança os marginalizados: ninguém está fora do alcance do Reino.
- Restauração de vocação e comunidade: Jesus transforma a mesa do publicano em lugar de missão.
- Testemunho entre antigos círculos: Mateus torna-se ponte para outros rejeitados ouvirem o chamado.
Implicações para o discipulado hoje
- Arrependimento prático: abandonar ganhos injustos e reparar danos (cf. modelo de Zaqueu em Lc 19:8).
- Identidade renovada: não somos definidos pelo passado, mas pelo chamado de Cristo ✝️.
- Coragem contra estigmas: seguir Jesus pode custar reputação, mas traz liberdade e propósito.
- Misericórdia como marca: priorizar pessoas sobre aparências religiosas (Mt 9:13).
Assim, entender os cobradores de impostos na Bíblia ilumina a profundidade do chamado de Jesus a Mateus: a graça que derruba muros, cura rótulos e convida pecadores à mesa do Reino. 🙏
O chamado de Levi nos Evangelhos: harmonia dos relatos
Os três Evangelhos Sinóticos narram o momento em que Jesus chama um cobrador de impostos para segui-lo. Mateus, Marcos e Lucas descrevem o mesmo evento com ênfases próprias, e juntos compõem uma harmonia dos relatos que esclarece o chamado de Levi (também conhecido como Mateus apóstolo).
Passagens-chave
- Mateus 9:9-13: “Viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria de impostos. Disse-lhe: Segue-me. Ele se levantou e o seguiu.”
- Marcos 2:14-17: “Viu Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, e disse: Segue-me.”
- Lucas 5:27-32: “Viu um publicano chamado Levi... e ele, deixando tudo, levantou-se e o seguiu.”
| Evangelho | Nome citado | Detalhe do chamado | Resposta de Levi/Mateus | Banquete e crítica |
|---|---|---|---|---|
| Mateus 9:9-13 | Mateus | Sentado na coletoria; Jesus diz: “Segue-me”. | Levanta-se e segue. | Refeição “na casa”; fariseus criticam; Jesus cita Os 6:6: “Misericórdia quero”. |
| Marcos 2:14-17 | Levi, filho de Alfeu | Na coletoria; mesmo convite de Jesus. | Segue imediatamente. | Banquete “na casa de Levi”; questionamento dos escribas fariseus. |
| Lucas 5:27-32 | Levi | Ênfase: “deixando tudo”. | Levanta-se e segue. | “Grande banquete” com muitos publicanos; Jesus diz: “Não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento”. |
O banquete na casa de Levi/Mateus e a crítica dos fariseus
Logo após o chamado, há uma refeição com “muitos publicanos e pecadores” (Mc 2:15; Lc 5:29). Essa mesa aberta simboliza a graça que acolhe os marginalizados. Os fariseus questionam: “Por que o vosso Mestre come com publicanos e pecadores?” (Mt 9:11). Jesus responde com duas imagens poderosas: o médico e os enfermos (Mc 2:17) e a citação profética: “Misericórdia quero, e não sacrifício” (Mt 9:13; Os 6:6). A mensagem é clara: a missão de Cristo alcança quem a religião frequentemente deixava de fora.
Harmonia dos relatos: semelhanças e diferenças
- Semelhanças:
- Levi/Mateus é um cobrador de impostos (publicano).
- O convite de Jesus é curto e definitivo: “Segue-me”.
- Resposta imediata: ele se levanta e segue.
- Há um banquete com publicanos e a crítica farisaica.
- Ensinamento central: Jesus veio para os pecadores arrependidos.
- Diferenças:
- Nome: Mateus usa “Mateus”; Marcos e Lucas usam “Levi”.
- Detalhe familiar: Marcos menciona “filho de Alfeu”.
- Ênfase devocional: Lucas destaca “deixando tudo”.
Essas variações não se contradizem; elas se complementam e alimentam a pergunta: por que Mateus era chamado de Levi? A tradição cristã entende tratar-se de um duplo nome, comum na época, que une sua história pessoal ao novo chamado em Cristo.
O “Segue-me” e a resposta imediata
O imperativo de Jesus é simples e totalizante. Na Bíblia, “levantar-se” sugere prontidão, fé e ruptura com a velha vida. Para Mateus/Levi, significou deixar a segurança financeira e a antiga identidade para abraçar a vocação de discípulo e evangelista. A graça chama; a fé responde com prontidão.
Indicações para estudo e prática devocional 🙏
- Leitura orante: medite Mt 9:9; Mc 2:14; Lc 5:27-32. Repita lentamente: “Segue-me”. Deixe que Jesus fale ao seu cotidiano.
- Exame espiritual: quais “coletorias” (apegos, hábitos) você precisa deixar hoje?
- Aplicação: pratique a misericórdia à mesa. Convide alguém marginalizado a partilhar uma refeição ✝️.
- Anote no diário: como o chamado de Levi ilumina sua resposta a Cristo nesta semana?
À luz desses relatos, entendemos melhor quem foi Mateus na Bíblia e como o seu chamado revela o coração do Evangelho: Jesus busca, chama e transforma, para que a graça se torne um banquete para muitos 🌸.
Por que Mateus era chamado de Levi? Entendendo o duplo nome
Por que Mateus era chamado de Levi? A resposta mais simples e biblicamente consistente é: no século I, era comum um judeu ter dois nomes — um hebraico/aramaico, usado no contexto judaico, e outro grego/latino, usado no ambiente público do Império Romano. Assim, Levi (hebraico) e Mateus (forma grega do hebraico “Mattityahu”, “dom de Deus”) se referem à mesma pessoa: o cobrador de impostos chamado por Jesus e conhecido na Igreja como Mateus apóstolo.
Os Evangelhos Sinóticos harmonizam-se assim:
- Mateus 9:9 identifica: “um homem chamado Mateus”.
- Marcos 2:14 e Lucas 5:27–29 narram o mesmo episódio, chamando-o de Levi (em Marcos, “Levi, filho de Alfeu”).
- Nas listas dos Doze, “Mateus” aparece entre os apóstolos (Mt 10:3; Mc 3:18; Lc 6:15).
Note que a Bíblia não registra uma renomeação formal por Jesus (como com Simão → Pedro em Mt 16:18). A alternância entre “Levi” e “Mateus” segue um padrão comum no Novo Testamento:
- Saulo, “também chamado Paulo” (At 13:9).
- João, “também chamado Marcos” (At 12:12).
- Simão, também chamado Cefas/Pedro (Jo 1:42).
Isso ajuda a responder diretamente à pergunta “porque Mateus era chamado de Levi”: por causa do uso cultural de duplo nome em contextos distintos. Levi reflete sua identidade judaica; Mateus se tornou a designação mais difundida na missão da Igreja, em ambiente grego-romano.
Algumas hipóteses ajudam a entender nuances do texto:
- Autoidentificação no Evangelho de Mateus: segundo a tradição da Igreja, o autor do Evangelho é o próprio Mateus. Ao escrever, ele pode preferir “Mateus” (Mt 9:9) para destacar sua graça recebida e a dignidade da vocação, em vez de manter “Levi”, associado à vida anterior de cobrador de impostos.
- Ênfase teológica: “Levi” evoca o povo da Aliança (tribo sacerdotal), enquanto “Mateus” (“dom de Deus”) ressalta a misericórdia que transformou um publicano em apóstolo. Marcos e Lucas podem sublinhar o escândalo do chamado de um publicano; Mateus acentua a nova identidade em Cristo.
- “Filho de Alfeu” (Mc 2:14): nota familiar comum na época; não há base textual segura para concluir qualquer parentesco direto com “Tiago, filho de Alfeu”.
Aplicação devocional ✝️: Deus nos encontra onde estamos e nos chama pelo nome. Ele não precisa alterar oficialmente nosso nome para renovar nossa identidade; em Cristo, recebemos um novo propósito. Se Levi carregava o peso de ser visto como traidor por ser publicano, em Jesus ele se torna Mateus, sinal vivo de que a graça transforma história e missão. Deixe que o Senhor nomeie sua vida com o significado do Evangelho: dom, perdão e envio 🙏.
Significados de Levi e Mateus: etimologia e sentido bíblico
Mateus Levi: significado não é apenas curiosidade linguística; nos Evangelhos, os nomes carregam teologia e missão. Ao compreender os termos Levi e Mateus, enxergamos como Deus renomeia histórias, redefine vocações e transforma um cobrador de impostos em evangelista do Reino.
Levi: “unido/ligado”
- Etimologia: o nome Levi deriva do hebraico, ligado ao verbo lavah, “juntar-se”, “apegar-se”. Em Gênesis 29:34, Lia explica: “Agora, finalmente, meu marido se ligará a mim”, e por isso chama o filho de Levi.
- Sentido bíblico: o termo evoca pertencimento e aliança — alguém ligado a uma pessoa ou propósito.
- Associação tribal: Levi é o ancestral da tribo levítica, separada para o serviço sagrado (Nm 3:5–10; Dt 10:8). Isso não prova que o apóstolo fosse levita por linhagem; no período do Segundo Templo, “Levi” era também nome pessoal comum. O ponto central é o simbolismo: de “ligado” a outros interesses, ele se torna ligado a Cristo.
Mateus: “dom de Deus”
- Etimologia: Mateus vem de Matityahu (hebraico) / Mattai (forma abreviada), transliterado no grego como Matthaios. O significado é “dom de Deus” ou “presente do Senhor”.
- Teologia do nome: o chamado de um cobrador de impostos (Mt 9:9; Mc 2:14; Lc 5:27) não foi prêmio por mérito, mas graça imerecida. Em Cristo, ele não só recebe um dom (misericórdia), mas torna-se dom para a Igreja ao registrar o Evangelho e anunciar o Rei.
Como os nomes revelam vocação, graça e missão
- Levi – “ligado”: o discipulado é uma adesão afetiva e obediente a Jesus. Ser discípulo é estar apegado a Ele acima de interesses, pecados e reputações. O antigo vínculo com a coleta de impostos dá lugar a um novo vínculo com o Messias.
- Mateus – “dom de Deus”: a salvação o alcança como presente gratuito, e ele responde ofertando sua casa (Lc 5:29), seu testemunho e, por fim, sua caneta ao serviço do Reino. A graça recebida torna-se graça partilhada.
- Identidade redimida: se Levi sublinha o “estar unido”, Mateus enfatiza o “ser presente”. Em Cristo, identidade e missão se entrelaçam: unidos a Jesus, tornamo-nos dom de Deus ao próximo (2Co 5:17).
Aplicações espirituais
- Discernimento: a quem ou a quê você está “ligado”? Permita que Jesus seja seu vínculo principal — no trabalho, nas decisões e nos afetos.
- Entrega: receba sua vida como “dom de Deus” e ofereça seus talentos, recursos e história para servir. Sua mesa, sua profissão e suas palavras podem tornar-se evangelho em ação.
- Esperança: se Deus transformou um cobrador de impostos em evangelista, Ele também pode reconfigurar seu nome prático — sua reputação — para refletir graça e propósito. 🙏
Assim, o significado de Levi e Mateus ilumina a jornada do apóstolo: de alguém ligado a velhos vínculos para alguém que, pela graça, se torna dom de Deus ao mundo. Nomes, na Bíblia, não são rótulos: são chamados.
Dúvidas comuns: nome, mudança e família de Mateus/Levi
Muitas perguntas surgem quando lemos os relatos sobre Mateus apóstolo: afinal, porque Mateus era chamado de Levi? Houve “mudança de nome”? Jesus renomeou Levi? E a família de Mateus, o que sabemos? Abaixo, esclarecemos as dúvidas mais comuns com base bíblica e uma aplicação prática à fé.
- Quem mudou o nome de Levi para Mateus? Não há registro bíblico de que alguém tenha mudado formalmente o nome de Levi para Mateus. O que temos são dois relatos paralelos do mesmo chamado: em Mateus 9:9 ele é chamado “Mateus, o publicano”; em Marcos 2:14 e Lucas 5:27–29 aparece como “Levi”. A tradição cristã entende tratar-se da mesma pessoa, referida por dois nomes.
- Jesus mudou o nome de Levi? Não há evidência direta. Diferente de Simão, a quem Jesus chamou de Pedro (João 1:42), e de outros casos de mudança de designação, os Evangelhos não dizem que Jesus tenha renomeado Levi. O uso alternado de “Levi” e “Mateus” parece refletir uma prática comum de duplo nome entre judeus do 1º século.
- Qual o verdadeiro nome de Mateus? Ambos os nomes são genuinamente bíblicos. “Levi” é um nome hebraico ligado à tribo de Levi. “Mateus” deriva de Mattityahu (“dom de Yahweh”). É provável que ele usasse dois nomes em contextos diferentes, como ocorria com outros personagens (por exemplo, Tomé, chamado Dídimo – João 11:16). No próprio Evangelho que leva seu nome, ele se identifica humildemente como “Mateus, o publicano” (Mateus 10:3).
- Levi era Mateus? Sim. Os relatos convergem:
- Mesma profissão: cobrador de impostos (publicano) sentado na coletoria (Mt 9:9; Mc 2:14; Lc 5:27).
- Mesmo convite de Jesus: “Segue-me”. Resposta imediata de deixar tudo e seguir.
- Mesmo banquete dado em sua casa, com publicanos e pecadores, logo após o chamado (Lc 5:29; paralelo com Mt 9:10–13; Mc 2:15–17).
- Quem era a esposa de Mateus na Bíblia? A Bíblia não registra o nome, nem mesmo confirma seu estado civil. Sabemos que Levi/Mateus ofereceu um “grande banquete em sua casa” (Lc 5:29), o que indica recursos e um lar estabelecido, mas não há dados canônicos sobre esposa ou filhos. Tradições posteriores variam e não são conclusivas.
Em resumo, a pergunta “porque Mateus era chamado de Levi?” se responde pela prática antiga de duplo nome e pela maneira como cada evangelista escolheu narrar o chamado do Mateus da Bíblia. Mais importante que um possível “novo nome” é a nova identidade: de publicano a discípulo, de colecionar impostos a anunciar o Rei. Isso nos convida a acolher o chamado de Jesus hoje — Ele não apenas corrige rótulos; Ele transforma corações e redireciona propósitos. 🙏
Referências: Mateus 9:9–13; 10:3; Marcos 2:14–17; 3:18; Lucas 5:27–32.
Como Mateus morreu? O que a Bíblia e a tradição relatam
Como Mateus morreu na Bíblia? A resposta curta é: a Bíblia silencia. Os Evangelhos e o livro de Atos não registram como terminou a vida de Mateus, o apóstolo (também chamado Levi). As Escrituras destacam seu chamado, sua transformação de cobrador de impostos em discípulo e seu papel de evangelista, mas não narram sua morte. Isso nos convida a distinguir entre o que é revelação bíblica e o que provém de tradições antigas.
Tradições sobre o martírio de Mateus (não bíblicas, e com variações):
- Etiópia (África): fontes hagiográficas medievais relatam que Mateus teria sido martirizado ao confrontar um governante por causa de injustiças e imoralidade. Em algumas versões, foi morto por uma alabarda ou espada durante seu ministério. A iconografia ocidental frequentemente o retrata com uma alabarda, eco dessa tradição.
- Pártia e Pérsia: outros relatos tardios situam sua pregação nessas regiões do Oriente e descrevem sua morte como apedrejamento, decapitação ou morte pela espada. As versões divergem significativamente quanto ao local e ao método.
- Morte natural: há menções esparsas, em algumas listas medievais, de que Mateus poderia ter morrido em paz, após anos de serviço missionário. Essa tradição é minoritária e menos difundida.
Quão confiáveis são essas fontes?
- Distância temporal: os relatos mais detalhados surgem séculos após o período apostólico. Autores cristãos antigos como Eusébio e Irineu falam de Mateus como evangelista, mas não preservam um relato seguro de sua morte.
- Gênero literário: muitas dessas narrativas são hagiográficas (vidas de santos), compostas para edificação e testemunho, e frequentemente ampliam fatos com elementos lendários.
- Falta de convergência: a diversidade de locais (Etiópia, Pártia, Pérsia) e modos de morte indica que não há consenso antigo preservado.
Portanto, com os dados disponíveis, é prudente dizer: não sabemos com certeza como Mateus morreu. As tradições apontam para um quadro geral de fidelidade até o fim — possivelmente o martírio — mas não permitem afirmações dogmáticas.
Aplicação espiritual: mais importante que a curiosidade é o testemunho
- O silêncio bíblico redireciona nosso foco: o que a Bíblia ressalta é a transformação de Levi/Mateus, que deixou a mesa de impostos para seguir Jesus e anunciar o Reino.
- O núcleo do discipulado não é saber os detalhes do fim, mas viver o chamado com perseverança e fidelidade hoje (cf. Mc 8:34).
- Se Mateus sofreu o martírio, isso ecoa a promessa de Cristo: “Sereis minhas testemunhas” — mesmo em contextos difíceis — e nos encoraja à coragem e à esperança ✝️.
Como isso edifica nossa fé? Ao contemplar Mateus, lembramos que Deus transforma histórias improváveis em testemunhos poderosos. Se a sua morte não foi registrada, sua vida permanece como convite a um seguimento inteiro, leal e frutífero — na alegria, no serviço e, se preciso for, na entrega final.
Oremos brevemente: Senhor Jesus, dá-nos a fidelidade de Mateus para te seguir até o fim, com coração indiviso e coragem no testemunho. 🙏
Oração de São Mateus: inspirações para hoje
A oração de São Mateus nasce do encontro entre a Palavra e a vida concreta. Ao recordar o chamado do Mateus apóstolo — “Segue-me” (Mt 9:9) —, a devoção nos convida a responder hoje, com o mesmo coração disponível de Levi (Mc 2:14; Lc 5:27–32). Seja em tradições que recorrem à intercessão dos santos (católicos) ou em contextos que enfatizam a oração direta a Deus em nome de Jesus (evangélicos), a figura de Mateus inspira conversão, misericórdia e missão.
O lugar da oração de São Mateus na devoção cristã
No catolicismo, rezar “com” São Mateus significa pedir sua intercessão para que Cristo forme em nós as mesmas virtudes do Evangelho. No meio evangélico, a ênfase recai no exemplo bíblico de Mateus: contemplamos seu chamado e pedimos ao Pai, em nome de Jesus, a graça de imitar sua resposta. Em ambos os casos, a oração é ponte entre a história do chamado de Levi e nossa própria conversão cotidiana.
Temas para orar: desapego, misericórdia, obediência e missão
- Desapego: como Levi, que “deixou tudo” para seguir Jesus (Lc 5:28), pedir liberdade interior para renunciar seguranças que nos prendem (cf. Lc 14:33; Fl 3:7–8).
- Misericórdia: Jesus citou “Quero misericórdia, e não sacrifícios” (Mt 9:13; Os 6:6). Orar por um coração que acolha os feridos, sem reduzir a fé a formalismos.
- Obediência: “Ele se levantou e o seguiu” (Mt 9:9). Pedir prontidão para obedecer à voz de Cristo nas pequenas decisões diárias.
- Missão: como o banquete de Mateus que aproximou “pecadores” de Jesus (Mt 9:10), suplicar criatividade para convidar muitos à mesa do Evangelho (Mt 28:19–20).
Como a oração se conecta ao chamado de Levi e à conversão
Os Evangelhos harmonizam a identidade de Levi/Mateus (Mc 2:14; Lc 5:27 com Mt 9:9), lembrando que Deus nos chama onde estamos — até mesmo na coletoria de impostos, símbolo de distanciamento e culpa. Ao rezar, deixamos que o Espírito Santo nos retire da “mesinha” dos apegos e nos conduza à mesa da misericórdia. Assim, a pergunta “porque Mateus era chamado de Levi?” torna-se convite: Deus transforma nossa antiga história em novo nome, nova missão e novo coração.
Sugestões de uso devocional para católicos e evangélicos
- Para católicos:
- Medite Mt 9:9–13 e conclua com um pedido de intercessão de São Mateus.
- Na memória litúrgica (21/09), una-se à Igreja pela oração coleta do dia ou por uma novena de São Mateus, se for de sua tradição.
- Pratique um gesto concreto de misericórdia em memória do chamado de Levi.
- Para evangélicos:
- Faça leitura orante de Mt 9:9–13; ore ao Pai em nome de Jesus por desapego e obediência.
- Anote no diário espiritual um “levantar-se” concreto para a semana.
- Convide alguém “de fora” para sua mesa, compartilhando o Evangelho com misericórdia.
Fórmulas tradicionais existem (como a coleta do Missal Romano ou ladainhas dos apóstolos), mas a essência é a mesma: pedir a Deus, inspirado pelo testemunho de Mateus, a graça de seguir Jesus hoje.
Oração breve inspirada 🙏
Senhor Jesus, que chamaste Levi, o publicano, e o transformaste em Mateus, apóstolo e evangelista, concede-me desapego para deixar o que me prende, misericórdia para acolher quem sofre, obediência para levantar-me sem demora e zelo missionário para convidar muitos à tua mesa. Que tua Palavra me renomeie por dentro e tua graça me conduza no caminho do Evangelho. Amém. ✝️
Conclusão
Concluindo, o estudo de Mateus/Levi nos mostrou, com base bíblica, quem foi Mateus na Bíblia: um publicano chamado por Jesus à beira da coletoria (Mt 9:9), que passou de “cobrador de impostos” a Mateus apóstolo e evangelista. O contexto dos cobradores de impostos na Bíblia — vistos como impuros, suspeitos de extorsão e colaboradores de Roma — torna seu chamado ainda mais impactante: Jesus o alcança no lugar da culpa e o transforma em testemunha do Reino, revelando graça para os marginalizados.
- Harmonia dos Evangelhos: Mateus 9:9 o chama de “Mateus”; Marcos 2:14 e Lucas 5:27-29 o chamam de “Levi”. Não há contradição, mas um mesmo discípulo com dois nomes, algo comum no período.
- Porque Mateus era chamado de Levi: “Levi” era provavelmente seu nome hebraico, ligado à tradição israelita; “Mateus” (do hebraico/aramaico Matityahu) significa “dom de Deus”. Assim, o “chamado de Levi” e a atuação de “Mateus” apontam para a mesma pessoa, cuja identidade foi ressignificada pelo encontro com Cristo.
Sobre os nomes: Levi remete à tribo sacerdotal, o que cria um contraste vívido — alguém associado ao sistema religioso (pelo nome) vivendo como agente do sistema fiscal romano. Mateus, “dom de Deus”, ecoa a graça recebida e compartilhada na missão. A mudança de ênfase do nome, portanto, comunica teologicamente o que a narrativa mostra: o chamado de Jesus transforma a identidade e o propósito.
E quanto a como Mateus morreu na Bíblia? As Escrituras não registram sua morte. A tradição cristã posterior diverge: algumas fontes antigas o situam em missão entre judeus e gentios, com relatos de martírio na Etiópia ou na região da Pártia/Pérsia. São testemunhos devocionais e eclesiais, não canônicos. Biblicamente, temos certeza de seu chamado, discipulado e autoria ligada ao Evangelho; quanto ao fim de sua vida, tratamos como tradição.
Para a vida devocional: a história de Mateus inspira arrependimento, inteireza no trabalho e mesa aberta para pecadores. A chamada “oração de São Mateus” pode, em diferentes tradições cristãs, ser entendida como um pedido a Deus inspirado no seu testemunho. Uma oração simples e bíblica poderia ser: 🙏 “Senhor Jesus, que chamaste Levi à Tua presença, transforma meu coração, minha ética e minha mesa. Faz de mim um sinal do Teu Reino no trabalho e na casa. Amém.” ✝️
Em síntese:
- Identidade: Levi e Mateus são a mesma pessoa; o duplo nome é histórico e teologicamente significativo.
- Contexto: Publicanos eram socialmente desprezados; o chamado de Jesus ressalta graça e missão à margem.
- Sentido dos nomes: Levi (pertencimento a Israel) e Mateus (“dom de Deus”) iluminam sua trajetória.
- Morte: a Bíblia silencia; as tradições variam e devem ser lidas como testemunhos devocionais, não doutrina.
- Aplicação: responder prontamente ao chamado, viver santidade no cotidiano e acolher outros à mesa de Cristo.
Que a caminhada de Levi/Mateus nos ensine a ouvir a voz de Jesus no meio das contas e pressões da vida, a levantar-nos da “coletoria” e segui-lo com fé, entendimento e amor pela Palavra.
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